Um dia (Romance por David Nicholls)
Emma sempre teve um ‘crush’ pelo bonitão da faculdade, Dexter.
Dexter nunca havia notado Emma até a festa de formatura, quando a
achou muito bonita. Os dois queriam relaxar em um lugar mais tranquilo
da festa e acabaram conversando em uma noite que acabou em beijos no
quarto que ela dividia com uma amiga.
Emma
é uma garota que quer mudar o mundo, cheia de ideais e sonha em ser
escritora, não tem exatamente ideia do que vai fazer com o diploma.
Dexter pode viajar pelo mundo com o dinheiro dos pais enquanto pensa
nisso.
Apesar das diferenças,
eles continuam mantendo contato através das longas cartas que Emma
escreve para ele os rápidos cartões-postais que Dexter envia para ela.
Confissões são trocadas sobre a vida, carreira, família,
relacionamentos amorosos. Através do tempo a amizade continua com menos
ou mais intensidade.
Eles são a
pessoa um do outro, com quem querem conversar sempre que algo
importante acontece. Um romance não está nos planos deles. Dexter se
torna famoso na tv, Emma descobre que ser a melhor aluna não ajuda
muito na vida real, desiste dos planos de uma companhia de teatro
independente, passa por moradias horríveis, empregos infelizes e pensa
em voltar a morar com os pais.
Na
fase em que suas personalidades mais destoa chegam a romper a amizade,
embora um magnetismo sempre os empurra um para o outro, pois são
sempre o melhor amigo um do outro.
Um dia
é um livro que me respondeu bem à pergunta se vale a pena ler um livro
cuja história já vimos em um filme. Vale muito a pena, mesmo sabendo o
final, o final não é só o que interessa, importa o caminho, a
trajetória dos personagens, as características e detalhes que só o
livro pode trazer.
Achei o formato muito parecido com Simplesmente acontece ou Love, Rose.
Uma grande amizade que vai se transformando em amor romântico. Gosto
de ler as ambições dos personagens. A infelicidade e frustração de Emma
muitas vezes se reflete no estado do lugar onde ela mora e trabalha.
Isso é muito interessante, pois nos leva a pensar nos indivíduos que se
acomodam com uma moradia ou emprego medíocre, certamente assim como
Emma nessa fase, muitas vezes nos falta autoconfiança para entender que
merecemos algo melhor e que é possível lutar por isso.
Sempre manter as verdadeiras amizades, sempre lutar pelo que acredita na vida são algumas belas lições desse livro.
“Viver cada dia como se fosse o último” — esse era o conselho convencional, mas na verdade quem tinha energia para isso? E se chovesse ou você estivesse de mau humor? Simplesmente não era prático. Era bem melhor tentar ser boa, corajosa, audaciosa e se esforçar para fazer a diferença. Não exatamente mudar o mundo, mas um pouquinho ao redor. Seguir em frente, com paixão e uma máquina de escrever elétrica e trabalhar duro em… alguma coisa. Mudar a vida das pessoas através da arte, talvez. Alegrar os amigos, permanecer fiel aos próprios princípios, viver com paixão, bem e plenamente. Experimentar coisas novas. Amar e ser amada, se houver oportunidade.
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