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Mostrando postagens de fevereiro, 2020

A Escola serve para quem?

A escola continua sendo tecnicista. Somos como formiguinhas operárias em fila, atarefados  e apressados, como um chão de fábrica que não pode parar. O problema é que não estamos lidando com máquinas, não estamos produzindo peças, nem qualquer conteúdo mecânico, apensar de nós, professores e os alunos muitas vezes sermos vistos como robôs. Lidamos com mentes, conhecimento... o trabalho intelectual não pode funcionar da mesma forma que o industrial. Aulas de cinquenta minutos, células, organelas, outros cinquenta minutos, leia e interprete, tocou o sinal, operações matemáticas. Em que tempo o aluno acomodou os conhecimentos? É simples, não o faz, decora o básico e não reflete sobre o que aprendeu. Não pode parar, conversar, perder tempo com o que alguns pedagogos chamam de atividades bobas, cinco minutos de descontração é muito tempo para ser desperdiçado. Essa escola dificilmente formará cidadãos críticos e líderes com iniciativa. Os professores, em sua maioria, também não estão sa

A grande solidão, Kristin Hannah

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Uma marca inconfundível nos livros de Kristin Hannah são as personagens femininas sempre muito fortes lidando com as consequências das guerras dos homens. Em A grande solidão , Leni é uma menina cujo pai está de volta após ter lutado na guerra do Vietnã e a menina e a mãe enfrentam o novo homem que ele é. Cora, a mãe, é uma mulher muito apaixonada que acredita que em nome do amor poderá fazer o marido voltar a ser como era antes, ela segue todas as ideias loucas dele, como se mudar para o Alasca, sem nenhuma preparação para a vida selvagem e o isolamento. No inverno implacável de frio e escuridão, Cora e Leni vão descobrindo que o maior perigo não é o clima e os animais selvagens. Leni não entende a relação doentia dos pais, a resistência da mãe em deixá-lo, mesmo com agressões e medo constantes. Mas o inesperado é que a menina se encontra nesse lugar, se conecta a ele, como jamais aconteceu em outros ambientes, ela aprende a se proteger, a caçar, se apaixona por um cole