Breve paz
Eu quis fugir de mais um domingo preguiçoso, aliás os dias não são preguiçosos, nós é que somos. Levantei cedinho sem nenhuma lamentação por 5 minutos a mais. A previsão de chuva derreteu-se sob o sol escaldante a brisa fresca.
Uma temeridade das pequenas cidades é que você sempre vai encontrar os inimigos, mas não nesse dia. A indiferença das ruas vazias nas manhãs de domingo é deliciosamente receptiva, você pode sair de pijama, ler na calçada, dançar no meio-fio, as ruas observam silenciosamente, sem nenhum julgamento.
Parreiras e bananeiras também não te julgam, fornecem a sombra necessária para o descanso no passeio. As árvores te servem verdemente felizes com as presenças humanas, enquanto pequenas ervas daninhas tentam impedir a invasão. A natureza mostra sua superioridade.
Ficamos felizes, ficamos simples, só precisamos do brilho do sol, do afresco e do canto dos pássaros para viver. Podia ser sempre assim.
Mas, no dia a seguir, a mente implora para voar para outro lugar, outras paisagens capazes de preencher o seu vazio pelo tempo que o encanto durar.
Há pessoas que são insuportáveis e estragam o dia de alguém. Mas sua companhia pode ser a melhor que desfrutará.
ResponderExcluirAh, eu vou assistir sim, quero ler o livro de novo antes,rs, tbm na minha cidade não tem cinema, por isso a minha demora.
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