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Mostrando postagens de agosto, 2014

Tag literária

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Eu estava passeando pelo blog Pétalas de Liberdade quando vi uma postagem adorável, uma tag literária dessas que eu tenho prazer em responder, mesmo sem ser convidada apenas pelo prazer de escrever sobre minhas preferências literárias. Aí estão minhas respostas, não vou indicar ninguém até porque sou tão antissocial que removi o formulário de comentários por enquanto.      1 - Qual o primeiro livro que você leu na vida? (Não vale livro didático, nem livro infantil ilustrado.)      Eu acho muito difícil lembrar dessas coisas porque eu comecei a ler muito cedo, mas os que eu me lembro de ler são " Alice no país das maravilha s" de Lewis Carrol e " As frangas " de Caio Fernando Abreu. Curiosamente os dois livros eram da minha prima, eu só tinha os livros da escola, na casa de minha tia havia vários livros largados, aos quais ninguém dava atenção e eu adotei esses dois.      2 - Quem ou o que te incentivou a ler?       Eu nunca ...

Descoberta do erro do medo.

Tenho certeza que minha admiração por uma pessoa tem relação com a capacidade que ela tiver de me provar que estou errada. Gosto de que me provem que estou errada, mas sutilmente, de preferência adivinhando os meus pensamentos e concordando comigo. Sim, concordando porque aí poderei dizer que  errada está a outra pessoa. Quero dizer é que é evolução do homem não me fez nada bem. Digo isso porque, em algum momento, a evolução favoreceu os cautelosos, os medrosos mesmo. Aquele que foge do perigo sobrevive. Séculos de evolução podem ter originado pessoas tão cautelosas a ponto de terem medo até de admitir isso. Estava eu no ônibus cautelosamente ouvindo músicas para evitar conversas de desconhecidos quando senta ao meu lado uma senhora que desconhecia esse truque e sem mais começou a me falar em sua tristeza ao perder o nosso ilustre político em um acidente aéreo no momento em que ele mais se destacava. Depois de concordarmos no quanto o ocorrido foi lamentável, ela me falou sua opini...

Ciranda de Pedra / Lygia Fagundes Telles

Sempre me pergunto se já nascemos melancólicos ou é uma característica que surge depois de algum trauma. Eu já disse mil vezes que eu amo e entendo as almas melancólicas, problemáticas.  Alguns personagens de Lygia são assim,os que eu mais gosto. Ciranda de pedra é um livro assim, a solidão de Virgínia é assim. Nada mais triste que estar sozinha em qualquer ambiente. Para algumas pessoas, o mundo é uma ciranda de pedra, não adianta tentar entrar, tentar fazer parte. Virgínia só é feliz na sua imaginação, quando está em casa com a mãe perturbada imagina como seria bom estar na casa do pai com as irmãs Bruna é Otávia, com o vizinho Conrado e os outros, quando está na casa de Natércio sente-se isolada, principalmente depois que a mãe está morta e ela descobre que o padrasto é seu verdadeiro pai. Na infância de Virgínia, há a presença de Luciana, essa não é a história de Luciana, mas eu quero falar dela também. Eu simpatizo muito com ela. Luciana é a empregada de Daniel, verdadeiro p...

Breve paz

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Eu quis fugir de mais um domingo preguiçoso, aliás os dias não são preguiçosos, nós é que somos. Levantei cedinho sem nenhuma lamentação por 5 minutos a mais. A previsão de chuva derreteu-se sob o sol escaldante a brisa fresca.  Uma temeridade das pequenas cidades é que você sempre vai encontrar os inimigos, mas não nesse dia. A indiferença das ruas vazias nas manhãs de domingo é deliciosamente receptiva, você pode sair de pijama, ler na calçada, dançar no meio-fio, as ruas observam silenciosamente, sem nenhum julgamento.  Parreiras e bananeiras também não te julgam, fornecem a sombra necessária para o descanso no passeio. As árvores te servem verdemente felizes com as presenças humanas, enquanto pequenas ervas daninhas tentam impedir a invasão. A natureza mostra sua superioridade.  Ficamos felizes, ficamos simples, só precisamos do brilho do sol, do afresco e do canto dos pássaros para viver. Podia ser sempre assim.  Mas, no dia a seguir, a mente implora para voar p...