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Mostrando postagens de maio, 2014

Tag : Feitiço Harry Potter

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Não é sempre que eu gosto de tags, mas algumas realmente merecem ser respondidas. Essa eu encontrei no blog Universo Adolescente e resolvi copiar na cara-de-pau-porque-ninguém-me-convidou.. A TAG foi criada pelo canal Turtle Sympathy e traduzida pelo Leitora Voraz. 1. Expecto Patronum: Um livro relacionado a boas memórias da sua infância É muito difícil escolher porque quase todos estão relacionados a boas memórias, mas esse foi o primeiro que me veio a cabeça porque lembra a infância. É um dos primeiros livros que eu lembro de ter lido e eu fiquei tão encantada com Caio Fernando Abreu, com o estilo que ele escreve, era como se estivesse conversando comigo, ele foi meu amigo de infância, imaginava até a voz dele, muito doce e jovem. 2. Expelliarmus: Um livro que te pegou de surpresa   Pensei nesse porque ele fala sobre a cultura japonesa, faz muitos anos que li, estava doente e sem nada pra fazer e a bibliotecária da cidade escolheu este pra enviar pra mim. A história é sob...

Homem invisível – a invisibilidade do negro

Esse livro foi mais um dos que eu não tive tempo de ler na faculdade, mas me toquei pela forma que meus colegas apresentaram um seminário sobre ele, foi diferente, eles estavam envolvidos, emocionados ao falar do enredo e eu sabia que tinha que ler. O personagem principal dessa história nunca revela seu nome. Porque ele é invisível, ou o fizeram acreditar nisso, numa invisibilidade, como uma total falta de importância e uma forma de lutar. Como negro, de origem pobre, ele não é absolutamente ninguém. Logo no começo de sua jornada, ela ainda não sabe disso, aliás, ele nem tem consciência da anormalidade que é os negros não serem ninguém diante dos brancos. No Sul dos Estados Unidos, não muito tempo depois da escravidão. Ele acha que precisa fazer tudo certo, estudar, ser esforçado, mostrar aos brancos e aos negros poderosos que ele é diferente dos outros negros Eu era ingênuo. Estando em busca de mim, perguntava a todos, menos a mim mesmo, as perguntas que eu, e só eu, poderia responder...

E nós na História?

Nós que não escrevemos romances, nem livros de História, nem livro nenhum. E nós? Ralph Ellison. Das várias leituras que eu posso fazer disso, penso no meu umbigo, no caso, no nosso. Quem sou eu na História? Quem somos nós? Pra quem importa saber de nós? Esta semana com a greve da PM, alguns jornais da televisão mencionaram Recife. Uma garota no Twitter lembrou: 'Se fosse em São Paulo, a Globo estaria dando destaque e fazendo chamadas a cada meia hora. ' Passamos a vida lendo, assistindo a história dos outros. Assistimos às novelas do Sudeste, copiamos um modo de vida, sabemos mais das notícias de longe que de nossa cidade. Ainda esperamos que outros contem a nossa História. Descontextualizando, parafraseando... E nós que não lemos nossos romances, nem nossos livros de História? E nós?

Homem invisível - Trechos

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Todo mundo tem um livro que gostaria de ler pra todos os amigos, eu tenho vários. Que eu leria, indicaria, compartilharia trechos no Facebook. Não sou muito boa com fotos de livros, mas é praticando que se aprende,nem tenho edições de luxo, mas acho que o conteúdo é o mais importante. Esse livro foi fruto de estudo na minha turma e não tive tempo de ler na época, por isso estou lendo agora. Em breve, postarei mais sobre minha leitura. Homem invisível - Ralph Ellison.

Expectativas

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Agarro-me à mochila como se ela fosse o meu mundo, minha mãe, uma amiga, alguém que pudesse me abraçar. Agora sou eu, ela e o fardo que pudermos carregar. Eu nunca estive sozinha, mas na verdade, eu não tenho ninguém. Ninguém que possa me defender de mim, ninguém que possa entender o meu medo, a minha profunda angústia. Eles podem me confortar, me encorajar, mostrar como está tudo bem. Podem me ouvir até estourar os ouvidos, mas nunca vão provar do meu medo e da minha vontade. Eu posso apenas ficar parada olhando a chuva, olhando as pessoas se atropelarem desesperadamente pra não perder o metrô.Acho que alguém caiu na escada e foi pisoteado, há um inicio de confusão. Eu faço parte disso? Agora estou tão perdida dentro de mim que me isolei do mundo. Posso perder desse, estou me organizando. São alguns minutos como quem olha pra chuva, mas olho dentro de mim.Eu tive uma vida pra olhar pra mim, mas estou sempre mudando e sempre tenho novidades. Não posso mais me perguntar o que faz sentid...

Um conto para Elizabeth

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Saiu da escola no meio do dia, o sol ardente fazendo-lhe suar a ponto de sentir-se derretendo.Os longos cabelos alisados enrolando cedendo à umidade, sua praticidade capilar indo embora, implorando por mais uma escova.Assim como seu cabelo toda ela tenta se modificar, se adequar à situação, a um certo padrão que todas as pessoas devem seguir para serem normais, iguais e felizes. Elizabeth, professora de Língua Inglesa, embora ame mesmo a Literatura, a qual muitas vezes condena por tê-la moldado a ser uma pessoa tão sonhadora. Herdou da mãe os livros e a paixão por Jane Austen.   Os seus alunos não são como imaginava, a escola não é a que foi preparada para trabalhar. Todas as ideias de transformação que aprendeu na faculdade foram guardadas junto com os livros pedagógicos que só servirão se precisar fazer mais alguma prova. Ela pensou que seria uma professora como o do filme Sociedade dos poetas mortos , mas segue as regras, pois teme ser demitida e precisa pagar as ...

Laços de Família

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Nunca fui leitora assídua de Clarice, li pouco de sua obra até aqui. Isso somando a tudo que ouvi e li sobre ela me fizeram, no entanto, ter uma admiração pela sua forte personalidade. Vejo-a como alguém que foi muito sensível, observadora, critica e mesmo assim forte, marcante. Na expectativa de conhecê-la melhor e também por ser uma obrigação de minha profissão, resolvi ler Laços de Família e alguns contos me impressionaram muito. Esses são os que mais gostei: Devaneio e embriaguez duma rapariga  - Nesse conto, a personagem está entediada da sua vida como mãe e esposa, sente-se adoentada e sem vontade de executar suas tarefas. Durante um jantar, entretanto, ela se diverte, bebe e percebe que sente-se segura ao lado do marido, ela implica com outra mulher, mais elegante e bem-vestida, e no fim sente-se superior por deduzir pelo corpo da outra que ela não possa ser mãe. Definitivamente não gosto dessa personagem, ela é entediante e limitada. Não é feliz e se contenta em diminu...