Dez coisas que aprendi sobre o amor - Sarah Butler

Bonito, profundo e suave como o azul pode ser. Verdade que escolhi Dez coisas que aprendi sobre o amor pelo título e pela capa. Às vezes eu gosto de escolher assim sem nem mesmo ler a sinopse. Verdade que foi diferente do que eu pensava, mas também foi melhor do que eu esperava.
Alice e Daniel estão separados, cada um fazendo as suas listas de dez coisas e vivendo a sua vida. Ela não sabe que ele existe. Ele a ama mesmo sem conhecê-la, ele a procura em todos os lugares enquanto leva uma vida perdida pensando nos erros do passado, no que ele poderia ter feito para dar certo com a mão dela.
Ela viaja pelo mundo sem rumo porque nunca passou muito tempo imóvel em um lugar para sentir-se em casa. A mãe morreu quando ela tinha quatro anos deixando-a com um pai e duas irmãs com quem ela se sentia desloda.
De tanto procurar pelo nome Alice, Daniel acaba a encontrando em uma nota de jornal. Alice precisa voltar para casa para se despedir do pai que está morrendo de câncer. Ela carrega a dor de pensar que a mãe morreu por sua culpa, porque o acidente aconteceu quando a mãe ia buscá-la, mas na verdade, quando morreu ela estava em um caminho diferente.
Daniel carrega a culpa de não ter sido responsável, ele precisa encontrar Alice e falar a verdade que dará uma volta na vida dela. Talvez o final decepcione algumas pessoas, mas Daniel entende que às vezes amar é não fazer o que é preciso para você, mas o que é melhor para o outro.
É uma história simples e pequena, mas a forma que ela é contada é encantadora, a atenção nas cores, nas descrições, é tudo muito vivo nesse livro, é gostoso de ler. A autora mencionou que queria homenagear Londres, eu que não conheço, fiquei conhecendo um pouco. Gostei muito da caracterização dos personagens, eu tenho uma queda por essas pessoas perdidas, pessoas que moram na rua, que viajam a mundo sem destino, que não sabem o que fazer com a própria vida. Talvez eu me identifique Não sei. Pode ser em outra vida ou uma vontade íntima porque eu tenho uma vida muito chata e certinha.
Enfim, por ter gostado do estilo dos personagens e da escrita, eu gostei bastante e recomendaria a leitura a qualquer amigo que possa ler de mente aberta sem julgar essas pessoas porque eles me parecem muito humanos e humanos do tipo que eu gosto, do tipo que eu entendo.


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