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Leitura: Hibisco Roxo - Chimamanda Ngozi Adichie

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Primeiro eu li Sejamos todos feministas , depois Americanah e agora li Hibisco Roxo . Estou avançando lentamente na literatura de Chimamanda. Mesmo com essa pequena experiência eu já posso dizer que Chimamanda é versátil, ainda falando de temas parecidos e é entretenimento, mesmo sendo engajada. Hibisco Roxo é narrado pela jovem garota Kambili. Ela mora com os pais e o irmão em um rico lar onde a ordem é imposta pelo pai, um católico fanático. Kambili e o irmão Jaja cumprem uma dura rotina religiosa, têm horários fixos para tudo e sofrem consequências pesadas para qualquer mínimo ato que o pai considere pecado. É um mundo e uma forma de viver totalmente inimaginável para alguém nos dias de hoje. Mas isso acontece na Nigéria sob os efeitos da colonização branca. O pai de Kambili rejeita as próprias tradições e abandona o pai idoso na miséria por ele ser um pagão. Comer na hora errada, estar doente demais para visitar o padre, não conseguir o primeiro lugar na escola ou guardar um quad

Leitura: Dias Perfeitos - Raphael Montes

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O mais macabro nesse livro é que nas primeiras páginas você pode se identificar com o personagem principal, Téo, um cara antissocial, estudante de medicina, que se interessa por uma garota e resolve stalkear a vida dela. Até que você percebe que não é um simples stalker que às vezes qualquer um faz nas redes sociais. A linha que separa o normal de um psicopata vai ficando mais evidente a cada página. O estudante revela que não sente afeto por ninguém, nem mesmo pela mãe paraplégica de quem ele cuida, a única que merece o amor e a atenção dele antes de Clarice é Gertrudes, ele passa horas conversando com ela e tentando entendê-la. Seria uma linda amizade se ela não estivesse morta e fosse na verdade apenas um corpo que ele analisa nas aulas de anatomia. Téo se torna obcecado por Clarice depois de um encontro casual em um churrasco. Ele pensa que a ama,  que sabe o que é melhor para ela e que vai fazê-la ama-lo também. A narrativa é um delírio em que nós acompanhamos a forma como Téo ade

Leitura: Trilogia Verão - Jenny Han

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O verão que mudou a minha vida Esse é o primeiro livro da série e é como uma apresentação da protagonista Isabel- Belly e as pessoas que são importantes para ela. O encanto desse livro é que há um lugar especial que junto com o verão traz os melhores dias na vida da garota. Graças a amizade da mãe, Laurel, com Suzanah, Belly sempre passa o verão em Cousins com os amigos Conrad e Jeremiah. Os dois irmãos, a mãe deles, Suzanah, e a casa na praia representam a parte da vida que Belly mais ama. As tentativas de se juntar ao grupo restrito masculino, as brincadeiras, a paixão infantil por Conrad, o mútuo entendimento com Jeremiah, tudo é muito intenso e faz ela querer que o verão nunca acabe. Sem você não é verão O ritimo dessa parte é muito rápido e cruel, os acontecimentos da vida de Belly, tudo o que ela sempre sonhou parece se realizar para ser transformado algumas páginas à frente. A história também é contada um pouco pelo ângulo de Jeremiah e conhecer melhor Jeremiah e os sentimentos

Leitura: Americanah, Chimamanda Ngozi Adichie

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Por mais severo que seja o tempo, ele não pode apagar um verdadeiro amor, ele não pode mudar o que nós realmente somos. Antes de ler Americanah, eu li alguns comentários sobre como o livro trata o feminismo e principalmente a questão racial, foi isso que levou-me a lê-lo depois que eu descobri a sua existência graças a uma postagem de Taís Araújo no Instagram ( Realmente, obrigada Taís!). Mas depois de ler, eu estou surpresa que os leitores não ressaltam a incrível história de amor entre Ifemelu e Obinze. As primeiras páginas são uma grande descoberta, o blog de Ifemelu, a forma que ela fala com propriedade sobre as discrepâncias raciais. Como mulher negra eu soltava um suspiro a capa página com o pensamento de que finalmente eu encontrei alguém que me entende no mundo. Mas isso não é o suficiente, sempre há o risco de um romance ser engajado e não ser engajador, Chimamanda fala sobre o que eu sinto e da forma que eu sinto. Profunda, mas com clareza, eu cansei desses escritores tão
Primeiro o sereno. Depois os pingos da chuva. Se você não tivesse ligado o som, se a música não fizesse parecer que a letra era o que queríamos dizer um pra o outro, se você não desviasse o olhar sempre que eu te encarava. Eu não estaria escrevendo isso. Se aquele tchau ou aquele boa noite não estivessem preenchidos com uma imensidão de palavras. Se fosse mais cedo. Se quando era mais cedo, eu soubesse quem eu era. Talvez eu ainda não saiba. Por último o frio congelante, polar. Se você soubesse que quando a gente ama, a gente constrói até uma máquina do tempo pra consertar os erros do passado, mas você não sabe.

O que eu li nas férias

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Desde que eu terminei a faculdade, as férias não têm sido tão produtivas em leituras, mas ao menos, eu aproveitei alguns dias na praia para ler alguns livros, eis os escolhidos. Os elefantes não esquecem Esse é o livro de Agatha Christie que não combina comigo, pois eu já o havia lido e esquecei o caso. Hercule Poirot vai ajudar uma escritora a desvendar um crime ou uma tragédia do passado. Um casal feliz e apaixonado, que tem dois filhos, comete duplo suicídio sem nenhuma explicação, alguns anos depois, certas pessoas resolvem mexer no passado em busca de explicação para cada detalhe do ocorrido. Em meio às investigações, ainda há outros casos sem resposta como a morte ou atentado a crianças, outra trágica morte da irmã mentalmente perturbada da vítima e quatro perucas. Uma coisa muito interessante no livro é que a escritora que, sem querer, é envolvida no caso, escreve justamente romances policiais, assim como Agatha Christie, e passa a sua visão de como é a vida de uma escritora fam

Uma lista de autores / livros africanos

Angola A Educação Sentimental dos Pássaros – José Eduardo Agualusa Os da minha rua – Ondjaki Contos de morte – Pepetela Argélia O Olimpo dos Desventurados – Yasmina Khadra The Bridges Of Constantine – Ahlem Mosteghanemi Botswana The Screaming of the Innocent – Unity Dow Camarões Houseboy – Ferdinand Oyono República Democrática do Congo Johnny Mad Dog – Emmanuel Dongala Broken Glass  - Alain Mabanckou Memórias do Porco-espinho – Alain Mabanckou The witch Doctor’s Wife – Tamar Myers Life and a half – Sony Labou Tansi Djibouti Maya- A filha branca de África – Abdourahman Waberi Egipto As coisas belas que o céu encerra – Dinaw Mengestu Beneath the Lions Gaze – Maaza Mengiste Destinos Entrelaçados – Abraham Verghese Gana Our sister killjoy – Ama Ata Aidoo The Seasons of Beento Blackbird – Akosua Busia Faceless - Amma Darko Wife of the Gods – Kwei Quartey A beleza das coisas frágeis – Taiye Selasi  Costa do Marfim  Aya: life in Yopcity – Marguerite Abouet Alá não é obrigado – Ahamdou Kouroum