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Mostrando postagens de julho, 2014

Resenha: A cor púrpura - Alice Walker

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Há algum tempo eu venho rejeitando os livros que estão ao meu alcance. Histórias de amor, ou focadas em problemas existenciais de mulheres brancas da classe média ou alta. Eu procurava ler sobre os excluídos, os sofridos. Já falei também quando percebi que nós, mulheres negras, estamos excluídas da literatura e diria que os negros em geral estão. Parece uma coisa tão óbvia, mas tenho certeza que todos demoram para enxergar. O que eu procurava estava bem na minha frente, em um livro muito mais duro do que o que eu estava preparada para ler. Eu ainda quero ler livro com personagens negros que não tenham sua vida marcada pela cor, que sejam 'pessoas normais', mas talvez essa ainda não seja uma realidade geral. A cor púrpura de Alice Walker, 1982, é um romance em forma de cartas. Primeiro Celie escreve para Deus contando detalhes de sua triste vida que se torna mais lamentável pelo seu caráter. Ela aparenta não ter forças, talvez nem vontade suficiente para lutar contra os abusos

Crise e questionamentos

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 ( Voltando a postar crônicas, eu pretendo escrever algumas inspiradas em nosso dia a dia, vida moderna, etc. Fiquei pensando aqui, por que todo mundo só escreve sobre dor-de-cotovelo? Sim, vou ser a variante. ) Sentindo-se pressionada pelo pouco tempo para finalizar um artigo e planejar uma apresentação brilhante, ela resolve ou não resolve, mas não resiste a entregar-se ao exercício de repensar a vida. Não normalmente como fazem as outras pessoas, mas embalada pelo momento, faz isso desesperadamente, perdidamente, como alguém que está prestes a morrer e precisa de uma ideia urgente para se salvar. - É só uma apresentação, mais um leão entre tantos que eu sempre tenho que matar e no fim saio viva e vitoriosa. Ela tenta se convencer, sabendo que a angústia do medo agora é maior que o alívio da vitória. E não consegue não querer encerrar tudo. Mas a avaliação é só mais um estopim. Algo para mostrar que está no caminho errado. - Queria apagar tudo e começar de novo. O artigo e a vida. Q

A última

Eu sei que nada é para sempre, mas pensei que podia escolher o meu para sempre. Tudo bem, foi mais um engano, já são tantos que não vai me abalar. Desculpe, mas não vai me abalar. No fundo, devo pedir desculpas a mim porque só eu me importo, mesmo que seja pouco. Ainda é pro meu lado que a corda arrebenta. Eu vou guardar o que eu puder porque gosto de colecionar o passado, qualquer lembrança pra onde eu possa correr de vez em quando e lembrar quem nós fomos um dia.